Último outono.Não muito alegre, mas nem tão triste, apenas um outono diferente.

sábado, 21 de junho de 2008

NOITE DE GEADA


A noite ronda a querência,
Prenúncio de vento e geada
E a tarde que fez morada
Num pôr de sol colorado
Reponta um lote de gado
Que corta a invernada ao meio
No instinto primitivo
De vir dormir no rodeio
...
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Aqui nos pagos do sul,
O vento deu uma trégua,
Por fim chegou a geada
Cobrindo de branco a relva.

Parece poesia, mas é fato,tá frio barbaridade.
Quem já morou no Rio Grande,sabe que dói a saudade.
Da geada, do braseiro, das prosas de galpão.
Tudo que o gaúcho gosta, é de uma roda de amigos,churrasco e chimarrão.

A geada cobrindo a calçada,
Tão branca, tão fria gelada
Faz o peão,que acorda às madrugadas
Cauteloso deixar as pegadas.

Mas gauderio de luta não teme,
Nem o frio ou as procelas da vida
Seja no verão,ou no inverno que infinda
Segue avante sem medo da lida.

Autor: Paulo Borges

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